Área: Ciências Humanas
Subárea: Sociologia
Estado: São Paulo
Cidade: São Pedro
Escola: Colégio Giordano Bruno

Resumo: O trabalho aborda a violência obstétrica como reflexo da estrutura patriarcal e o papel da doula em sua prevenção. Partimos da reflexão sobre os impactos da estrutura patriarcal na cena do parto e quais seriam as saídas possíveis para a devolução do protagonismo para a mulher. Investigamos tal articulação de machismo e violência obstétrica, a fim de encontrar maneiras de re-inserir mulheres na cena do parto como uma forma de prevenir a violência obstétrica, além de desenvolver uma ferramenta para a sua prevenção a ser distribuída para mulheres grávidas e meninas em processo de formação. Realizamos pesquisas documentais e bibliográficas, buscando em um contexto social e histórico a conceituação da violência obstétrica, o papel das doulas no parto e o impacto do patriarcado estrutural nesse cenário. Como parte de nossa metodologia, elaboramos um questionário online para mulheres em um grupo do facebook que aborda especificamente o tema parto natural e violência obstétrica - que contém relatos de mulheres que já a sofreram ou que visam evitá-la. O outro questionário foi direcionado a 79 meninas e 59 meninos do Ensino Médio, em um colégio público e outro privado, buscando identificar a consciência de cada um sobre o tema abordado no trabalho. Pudemos concluir a partir dos resultados obtidos que segundo nossas hipóteses: o machismo presente na sociedade influencia na perinatalidade; que é intencional que não se facilite o acesso à informação sobre o tema - a fim de se manter o controle sobre o corpo feminino e sua vida reprodutiva; que o parto, como parte da vida sexual, ainda é visto como um tabu e que devolver a centralidade do parto para mulheres como doulas e obstetrizes diminui a violência obstétrica.


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